"chamamos fatalidade às coisas ruins que ocorrem comos outros. Quando somos envolvidos de alguma maneira na desaventura, existe apenas o mal, engendrado por outrem ou por nós mesmos. Não há lugar para o acaso ou o destino nas infelicidades que nos afligem diretamente. [..]
Ninguém conta histórias são as histórias mesmo que se contam. [..]
Pensou novamente em dedicar-se à profissão de bandido com o único feito de sugar na ilegalidade o que os poderosos roubavam sob a tutela do direito. Mas resolveu persistir na tentativa de ser escritor. [...]
Uma bala não retrocede, não se atira de trás para frente, não se desloca do corpo ferido de volta ao cilindro escuro onde aguarda o disparo. Projeta-se de modo irretroativo, saltando na mesma cadência dos ponteiros de um relógio, que nunca repõem o tempo já marcado. Não há tiros ao contrário, inexistem balas suspensas no ar.
[..]
Podia ser acusado somente de ter bebido copos de uísque nas comemorações que alguns dos elementos do bando fizeram ao se reunir.
[..]
Quem anda sempre cabisbaixo, nunca pode ver as estrelas...
[...]
A verdade é um fio de fumaça que se contorce na brisa. Fluída e flácida. [...]
Será que estamos sempre presos em algum lugar, em alguém, em alguma sensação? [...]
A Patagônia não é um lugar; é a vontade de ir sempre mais longe."
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domingo, 6 de fevereiro de 2011
"A nação é um sonho, uma fantasia, uma idealização. Precisamos de um porto onde estabeleçamos as regras e os limites. Como há muito tempo recolhi das águas as minhas âncoras e me tornei um náufrago do mundo, estalo o chicote e considero que de alguma forma estou agora em meu próprio país. [..]
Nomes que se fundem em faces. Palavras que significam rostos. Nomes. Construções rituais de letras, evocações mágicas que arrancam a atenção de um homem, que o identificam, que o delimitam."
Nomes que se fundem em faces. Palavras que significam rostos. Nomes. Construções rituais de letras, evocações mágicas que arrancam a atenção de um homem, que o identificam, que o delimitam."
"Perco, assim, as conformações da geografia e encontro amparo nas únicas fronteiras que me pertencem: os meus próprios limites. São as coisas pensadas e sentidas, as pessoas ao meu redor mesmo quando as desconheço, os cenários se compondo ante meus olhos a cada momento, que se juntam para traçar os mapas de meu próprio país. Talvez eu não possua origens ou destino. Talvez minha pátria seja o presente."
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