Mariana viu na televisão uma boneca Barbie e imediatamente se apaixonou por ela (meninas se apaixonam fácil). Mariana chorou, sapateou, esperneou até que ganhou a sua Barbie.
As amigas de Mariana adoraram a boneca; adoraram tanto que quiseram uma igualzinha para cada uma e, tão logo as ganharam, suas primas também descobriram que não poderiam viver sem a Barbie.
A dona da loja de brinquedos da cidade acabou percebendo a importância da boneca para as meninas e percebeu que a Barbie, devido toda a sua importância, merecia um preço mais “adequado”, afinal, que garota cresce isenta de traumas sem uma Barbie? Os preços subiram, mas as meninas continuaram enlouquecidas a comprar a tal boneca.
A mãe da Taís comprou de uma só vez, cinco bonecas (conseguiu um descontão!) e as deu para sua filha e sobrinhas.
Em pouco tempo, já havia mais Barbie na cidade do que pessoas.
Certa vez, Danny pegou catapora (crianças adoecem com freqüência). Danny chorou, sapateou, esperneou, mas nada podia ser feito: era catapora e não havia outro remédio se não repousar.
Danny já se sentia bem, então foi à escola; porém, depois de alguns dias seus amigos também pegaram catapora. A doença é tão contagiosa que os familiares dos amigos do Danny, que ainda não haviam pegado, pegaram. Até a dona da loja de brinquedos teve que ficar de cama!
A mãe do Juca também pegou e passou a doença para no mínimo cinco pessoas, inclusive o pobrezinho do Juca.
A doença se espalhou e, em pouco tempo, a cidade toda estava com catapora.
A doença se espalhou e, em pouco tempo, a cidade toda estava com catapora.
Pois bem! Não é preciso dizer que o consumismo, assim como a catapora é uma epidemia e, mais do que isso, as crianças são as mais vulneráveis, não é? Mas fazer o que: só se pega catapora uma vez; só se tem disposição para brincar de boneca por um curto espaço de tempo. Éramos felizes e nem sabíamos! Doces lembranças da infância...
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